quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Marcia Anu

Amiga,
Sem papas na língua,
Ferida, polêmica, verdadeira ou não.
Futuca o ponto fraco e me faz mais forte,
Consciente ou inconsciente.
Maliciosamente, me quer bem.

Amiga,
Da adolescência e mais além,
Das praias de Marataíses às bagunças em Piúma,
Das canções no Cristo de Mimoso,
Das cachoeiras do Belmonte,
Das festas até em Morro do Coco e Santo Eduardo.

Amiga,
Das alvoradas, carnavais,
Dos acampamentos nas festas de julho,
Em São Pedro e Santo Antônio,
Quando não havia festival, nem sanfona,
Somente viola e cantoria.

De ti guardo um carretel de linha,
Lembrança física que não transcende a memória,
Trazendo-a de volta por pouco momento,
Com boas lembranças e um sorriso.


Marcia,
Deixa a herança de Cicero,
O filho que batizou com o nome do orador,
Reverberando na prole a filosofia latente.
Orgulho da mãe.

Marcia,
Amiga, mãe, mulher.
Assumida antes que o mundo atenuasse preconceitos.
Negra, orgulhosa da negritude.
Pobre de bens, rica de espírito,
Feliz em sua simplicidade.
Humana, com erros e acertos.


Marcia Anu,
Tal qual um pássaro,
Voa com a mente,
E eu divago na mitologia.
Juíza de Deuses e homens, criadora de estrelas,
Senhora das constelações.
Habita as mais altas regiões celestiais,
Antes, e agora, em companhia de sua criação.

Até um dia.

Um comentário:

  1. Agradeço do mais profundo do meu ser, elevando minha humilde oração por você minha mais linda amiga amada querida.... Obrigada por tudo!!!

    ResponderExcluir